Diversos mitos são associados ao envelhecimento. Um deles é que certas doenças decorrem do processo de envelhecer. Esse conceito motiva o idadismo, bem como nos torna passivos e incapazes de adotar medidas ou hábitos preventivos. Isso acontece com a perda involuntária de urina ou incontinência urinária. Em março de 2018 a pesquisa nacional em envelhecimento saudável da Universidade de Michigan com 1030 mulheres entre 50-80 anos sobre suas experiências com incontinência urinária e suas discussões com seus médicos.
Aproximadamente 46% delas relataram incontinência urinária no ano anterior. 41% consideraram uma situação problemática. 48% preocupavam-se que a situação poderia piorar no futuro. 40% sentiam-se envergonhadas pela situação e uma em cada 3 preocupava-se pelo possível odor associado. 15% mudaram de vestuário, incorporando cores mais escuras ou maiores camadas de tecidos, na tentativa de esconder os possíveis acidentes. Mas apesar disto, somente 34% relataram o problema aos médicos. Quando questionadas sobre os motivos para não relatarem aos seus médicos: 66% disseram que não achavam que o problema era grave; 23% relataram ter outras queixas para discutir; 22% não consideravam perda urinária um problema de saúde; 15% disseram que o médico não as questionou; 10% sentiam-se desconfortáveis em discutir o assunto; 4% acharam que o médico não seriam capazes de ajudá-las e 53% disseram preferir uma médica para discutir o assunto.
A incontinência urinária deve ser encarada com um problema mais comum ao envelhecermos, mas não própria do envelhecimento. Ela está associada a diversos efeitos negativos no bem estar físico e mental. E o mais importante é que pode ser prevenida e tratada adequadamente através de medidas não farmacológicas, farmacológicas e até mesmo cirúrgicas. O primeiro passo que deve ser tomado é não encarar a incontinência como decorrente do envelhecimento e sim como um problema que podemos intervir ativamente e com isso melhorar a nossa qualidade de vida.
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